Esta anomalia não está associado a uma marca de automóvel em exclusivo. Pode ocorrer em todas as marcas que utilizam sistemas de injecção muito sofisticados, onde o combustível é injectado no motor sob pressão muito alta. Estes sistemas de alta pressão são normalmente usados em motores diesel, onde a injecção de combustível nos cilindros é feita a pressões que vão de 1000-1950 bares. Até 1997, os carros ainda estavam equipados com bombas de combustível com uma pressão de injecção de 120-130 bars, e apenas em alguns casos até 700 bars. Mas a chegada da tecnologia Common-rail marca sem dúvida o início de uma nova era para os motores diesel.
Estes novos sistemas de Injecção foram utilizados pelos fabricantes de automóveis com o objectivo de reduzir a quantidade de partículas nocivas nos gases de escape dos motores diesel, o que permite actualmente o cumprimento das normas Euro-5. A mistura de combustível e ar leva à combustão optimizada e emissões reduzidas. Outros benefícios: melhor desempenho, um motor mais flexível e uma redução no consumo.
A questão fundamental é se as companhias de petróleo estão dispostas a acompanhar esta evolução? Os novos Sistemas de injecção são de facto tão precisos que os requisitos de qualidade para o combustível tornam-se cada vez mais rigorosos. Actualmente, os níveis de tolerância dos combustíveis são extremamente reduzidos, pelo que uma baixa de qualidade pode causar danos irreversíveis.
Porque é que os combustíveis de baixa qualidade do diesel representam problemas para os sistemas de alta pressão de injecção?
Porque influenciam directamente a lubrificação de vários componentes da bomba de injecção de alta pressão. O sistema de injecção a alta pressão não é lubrificado pelo óleo do motor, mas pelo diesel que, ao contrário da gasolina, tem propriedades lubrificantes. Estas bombas de injecção são tão precisas e as pressões de trabalho tão elevadas que quando a falta de lubrificação ocorre, é acompanhada imediatamente por uma resistência ao atrito. Este fenómeno provoca uma elevação da temperatura, aumentando o stress por fadiga e, consequentemente, o desgaste.
Efectivamente, uma parte significativa das avarias diagnosticadas na bomba injectora estão relacionadas com o combustível original. Existem no mercado combustíveis de qualidade inferior, oferecidos a preços mais baixos.
Quais os principais elementos que afectam a qualidade do diesel?
Existem várias causas possíveis. Por um lado pode haver um resíduos de gasolina, por exemplo, contidos na cisterna do camião do fornecedor. Isso afecta a lubrificação porque a gasolina tem a capacidade de desengorduramento, alterando as propriedades originais do gasóleo.
Por outro lado, as impurezas normalmente apresentam poucos problemas porque o filtro de combustível e o filtro colocado antes da bomba de alimentação ajudam à sua remoção do circuito.
A água é o mais prejudicial, porque corrói as paredes da bomba de alimentação causando avarias que normalmente são dispendiosas.
Como podemos provar a causa original da avaria da bomba de combustível?
A origem da avaria por vezes é difícil de demonstrar pois esta pode ocorrer depois de vários meses. Poderá apresentar uma queixa junto da Inspecção Económica, contudo tem poucas probabilidades de comprovar os factos.
Se é um combustível de qualidade inferior, pode demorar algum tempo antes de surgir qualquer problema técnico. Neste caso, é praticamente impossível provar a verdadeira causa da avaria. A situação é mais clara quando a quantidade de água presente no combustível é anormalmente alta, pois a maioria das vítimas não percorrem grande distância da bomba após o abastecimento. Neste caso, a nível técnico é facilmente provada a causa da avaria, mesmo assim, terá um longo caminho a percorrer até que aceitem a sua reclamação.
Na parte inferior do tanque, os restos de água e de impurezas, como areia e ferrugem, são inevitáveis. A presença de água resulta de um processo natural de condensação. Quando o nível de combustível diminui, o volume irá preencher automaticamente o ar vazio. Em depósitos subterrâneos as temperaturas são mais baixas, o vapor de água condensa-se no ar, provocando um fluxo de gotículas de água no fundo do tanque. Este facto é levado em consideração durante a construção de tanques. Existe portanto, uma margem de segurança, havendo apenas necessidade de acompanhar com regularidade a camada de drenagem de condensação e água.
É seguro abastecer o automóvel quando o depósito de combustível acabou de ser cheio?
Na parte inferior do tanque, os restos de água e de impurezas, como areia e ferrugem, são inevitáveis. A presença de água resulta de um processo natural de condensação. Quando o nível de combustível diminui, o volume irá preencher automaticamente o ar vazio. Em depósitos subterrâneos as temperaturas são mais baixas, o vapor de água condensa-se no ar, provocando um fluxo de gotículas de água no fundo do tanque. Este facto é levado em consideração durante a construção de tanques. Existe portanto, uma margem de segurança, havendo apenas necessidade de acompanhar com regularidade a camada de drenagem de condensação e água.
É seguro abastecer o automóvel quando o depósito de combustível acabou de ser cheio?
Deve evitar estas situações, pois o uso de bombas de "alta velocidade" utilizadas nas cisternas, no enchimento dos depósitos, tem o efeito de agitação do depósito de combustível e da água. Como resultado destas elevadas pressões, a água misturada no combustível pode entrar em emulsão e portanto formar um todo. Se imediatamente a seguir abastecer, poderá introduzir alguma água no depósito do seu automóvel. Depois de algum tempo, esta água e o combustível irão dissociar-se novamente. Em algumas estações, com tanques múltiplos, é possível isolar a rede de depósitos temporariamente.
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